O Meu, O Seu, Os Nossos

Saio para um passeio agradável no Parque Ecológico do Tietê e encontro um cara com um menino jogando bola, certo que o jeitinho meigo do papai correr para pegar a bola me deixou pensando: Huummm, essa Coca é Fanta.
Mas tudo bem, pulemos essa parte.
Fou fazer a minha caminhada e não percebo que o cara que estava com a criança, coloca o pequeno numa bicicleta e vai também dar uma volto no sentido contrário ao que eu ia na caminhada.
A uma certa altura da trilha, vou andando só vejo uma bicicleta deitada no chão e o cara com a criança sentado num banco e o cara tentando limpar um ferimento no pé do pequeno.
Isso mesmo meu caro leito: o Mané não prestou atenção no filho e o pequeno cortou o pezinho na roda da bicicleta. Sorte que foi superficial.
Ao chegar mais perto, vi a cena e parei para ajudar.
Sempre tenho na mochila coisas para pequenos cortes e ferimentos, sou o rei de cortar com facilidade e usei um pouco de anticéptico com clorexidina para limpar o ferimento e gaze e esparadrapo para segurar.
Após o pequeno ter parado de chorar, ter tomado uma água, o "papai" me agradeceu e nos apresentamos.
Andamos de volta pra portaria do parque conversando e descubro que o cara é pai solteiro pois a mãe do menino sumido no mundo por causa de drogas e outro cara também viciado. Logo também recebo um elogio que me deixou ainda mais de orelha em pé:
- Você é um cara bonito.
E seguiu uma pergunta que já notei as segundas intenções:
- O que um cara bonito como você está fazendo andando sozinho aqui no parque?
Dei uma risadinha sem sal e respondi que estou solteiro e gosto de fazer meus passeios mesmo sozinho e revelei a ele que também tenho um filho da mesma idade que o dele: 7 anos. Mas o meu foi adotado desde os 2 anos.
Então, como isso foi numa Segunda-Feira e o meu filho tem muitas coisas durante a semana, marcamos de nos rever no Sábado, assim os nossos pequenos poderiam se conhecer e brincar.
E assim foi. No Sábado nos reencontramos e fizemos um Pick Nick como se fossemos uma família num dos quiosques do parque. Admito que o seu arroz à grega ficou muito bom, mas o meu churrasco não ficou atras.
No mesmo dia, a noite, deixamos os nossos filhos na casa dele com a mãe dele e fomos curtir um pouco a noite num barzinho na Mooca que ele indicou e o fez com maestria: O lugar é agradabilíssimo.
No fim da noite, antes de voltar, tomo coragem ( mentira: as duas caipirinhas foi o que me deu coragem ) para beija-lo dentro do carro.
Fomos de mãos dadas o resto do caminho.
A surpresa da noite foi quando ele embicou o carro na entrada de um motel. Meu coração quase veio à boca.
No quarto, a cama redonda, o espelho no teto e ao redor da cama, as luzes vermelhas e roxas iluminando o ambiente pintado com cores de maia parede pra cima era branco e com uma divisão em um gesso decorado com detalhes em dourado, e na parte de baixo da parede em vermelho.
Nesse ambiente, tiro a roupa dele e vamos ao banho de hidromassagem com sais de banho que o deixou com a pele muito macia e bem mais excitante.
Na cama, os gemidos dele ao pé do meu ouvido, as unhas cravadas nas minhas costas, as mordidinhas que dei na orelha dele, as pequenas chupas no pescoço dele em meio as mais diversas posições possíveis e imagináveis, deixaram a noite ser fechada de um modo muito lindo.
Ao terminarmos, ficamos um pouco mais na cama, eu o acarinhando e nem percebemos que já eram quase meia noite e eu tinha de ir pegar o meu filho na casa dele.
Saímos e lá chegando, o meu pequeno estava dormindo com o filho dele no beliche que o filho dele tem no quarto. A mãe dele se despediu da gente e foi pra casa dela e eu, dormi com ele, na mesma cama.
Na manhã de Domingo, acordamos, os nossos pequenos pequenos pularem na cama que eu estava com ele e um olha pra cara do outro e diz:
- Bem que o meu pai poderia casar com o seu.
Eu olhei pra ele vermelho de vergonha com o que o meu filho tinha acabado de dizer e já escuto a resposta do outro.
- Verdade. seu pai é um cara legal. Fez o meu pai ficar mais feliz.
Respondemos que eu e o papai do outro conversaríamos a respeito e que isso é coisa de adulto e que criança fica de fora.
Aquele foi o primeiro dia dos muitos que ficamos juntos, como uma família e eu nem sabia ainda que a aquela senhora de sorriso doce seria a minha sogra e aquele menino que cortou o pé no pneu da bicicleta seria o meu filho postiço.


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