A Docilidade de uma Cena.

Ontem, na volta pra casa após um dia de trabalho, pego o trem na estação do Tatuapé em São Paulo-SP.
Entrei no segundo vagão e, para minha surpresa, com pouquíssimas pessoas. Tinha até lugar pra sentar ( quem pega o trem sabe o quão isso é raro, raríssimo ).
Ao entrar, nos bancos a minha frente, um casal gay de namorados estavam sentados; na verdade um estava no colo do outro.
O que estava no colo, estava tirando um cochilo com a cabeça no ombro do companheiro e com os braços em volta do pescoço dele, enquanto o que estava com o namorado no colo o segurava pela cintura.
Essa foi uma cena que me deu inveja.
Um casal gay, jovem, muito bem resolvidos com a sociedade, respeitando os outros passageiros pois não ficaram trocando carícias que só faltam fazer sexo com plateia.
O carinho com que um tinha para com o outro no colo e a cara de segurança e tranquilidade com que o outro demonstrava dormir.
São de cenas como aquela que o meio gay precisa, não de um bando de bichas sem respeito, educação ou decência.
Unir corações, almas, desejos, medos, cumplicidade e sonhos, isso sim é que é o fundamental para sermos respeitados na nossa dignidade como pessoas humanas e cidadãos que querem a igualdade de direitos.
 
 
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( NÃO LEIA ISSO )
E meu deu inveja também porque num era eu que tava com aquela passiva branquinha, bundão, coxona grossa, cabelo preto bem lisinho e com umas pernas bem desenhadas na calça bem justa que ela usava.
Ainda bem que não estou mais usando calça social pra ir trabalhar, porque se não fosse o meu jeans, o meu pipi tinha armado a barraca. Alias, armo, mas acho que num deu pra ninguém ver.

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